7 Magníficas: o que esperar dos balanços do 3º trimestre nos EUA?

O que esperar dos balanços do 3º trimestre de 2025 nos EUA? As 7 Magníficas ainda lideram? Análise do desempenho das Big Techs e setores.
7 Magníficas balanços 3T EUA — foto ilustrativa 7 Magníficas balanços 3T EUA — foto ilustrativa
FILE PHOTO: A Wall Street plate is seen on a street vendor stall outside the New York Stock Exchange (NYSE) in New York City, U.S., July 11, 2025. REUTERS/Jeenah Moon/File Photo

A contribuição das chamadas “Sete Magníficas” (as sete maiores companhias do S&P 500) para o crescimento dos lucros do índice tem sido menor que a de outras 493 empresas. Essa tendência, observada desde o quarto trimestre de 2024, deve se manter na temporada de resultados do terceiro trimestre de 2025. O grupo, formado por Nvidia, Microsoft, Apple, Alphabet, Amazon.com, Meta e Tesla, levanta o questionamento: ainda são tudo isso?

Donald Trump, presidente dos EUA, impôs tarifas que poderiam enfraquecer setores da economia americana. O Mercado, diante disso, previa resultados mais fortes para as Big Techs. Contudo, a resiliência macroeconômica inesperada tem levado os dados das demais companhias a superarem as gigantes de tecnologia, reforçando a desaceleração destas últimas.

Em análise, a XP destaca que, embora impressionante que apenas 7 empresas representem cerca de 42% do crescimento total do índice, não seria sustentável esperar que a Nvidia, por exemplo, seguisse com crescimento interanual de três dígitos por muito tempo.

Gráfico das Sete Magníficas com foco em crescimento de lucros.
As sete maiores empresas americanas enfrentam um cenário de desaceleração em seus resultados.

As expectativas gerais apontam para um ambiente favorável ao desempenho operacional, impulsionado pelo cenário macroeconômico e por sinais do mercado. A resiliência do consumo americano, a estabilização das estimativas de crescimento e a proporção de orientações positivas para o trimestre reforçam essa percepção. No entanto, esse cenário não se traduzirá necessariamente em surpresas positivas.

Um fator que pode perder força é o impacto positivo da desvalorização do dólar sobre as receitas das companhias do S&P 500. Mesmo sem um crescimento sustentável impulsionado pelo efeito cambial no último trimestre, um dólar mais desvalorizado poderia funcionar como um impulsionador adicional para a Receita e para as margens.

Desaceleração do Lucro por Ação e Estabilidade das Estimativas

O Bank of America (BofA) aponta que o consenso prevê uma desaceleração do crescimento anual do lucro por ação (EPS) de 11% para 8% no terceiro trimestre. Normalmente, os analistas teriam reduzido as estimativas em 3-4% desde 30 de junho, mas as previsões para o 3º trimestre se mantiveram estáveis — o primeiro período sem cortes desde o 3º trimestre de 2023.

Pessimistas temem que a Barra esteja alta demais, mas a ausência de revisões para baixo tem sido um sinal positivo. Desde 2001, o EPS médio do S&P 500 que superou as expectativas após estimativas estáveis ou em alta foi maior (5%) do que quando houve cortes, afirma a análise do BofA.

Maioria dos Setores com Crescimento, Mas Tecnologia Lidera

A análise por setores do S&P 500 indica crescimento esperado em 10 dos 11 setores. Entre os destaques positivos estão a tecnologia e as utilidades públicas. A temática da inteligência artificial é citada como uma das principais para o setor de tecnologia e deve seguir proeminente. Para utilidades públicas, continua sendo um dos principais vetores de crescimento.

O BofA estima que o setor de tecnologia impulsione o crescimento no 3º trimestre em 20% na comparação anual, contra 3% do restante do índice. A Nvidia deve contribuir com cerca de 25% para esse desempenho.

Contudo, o impacto total das tarifas ainda está por vir, e grandes cortes nas estimativas são inevitáveis se a ameaça de tarifa adicional de 100% sobre a China se concretizar. As vendas do terceiro trimestre consumiram o estoque pré-tarifas.

Entre os setores com desempenho negativo, destacam-se energia e bens de consumo. O setor de energia deve continuar como um detrator no crescimento dos lucros, especialmente pelos preços mais baixos do petróleo. Já o setor de bens de consumo, afetado pela escalada das tarifas, tem queda projetada no lucro por ação neste trimestre.

Fonte: InfoMoney

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